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Take final: chegou ao fim, mas continua


Artigo originalmente extraído do site Curta em Circuito

terça-feira , 15 de fevereiro de 2011

Alguns sinônimos pra despedida são adeus, separação, partida, saída, saudação. Nós, do Curta em Circuito, porém, preferimos um em particular: conclusão. Conclusão de um trabalho que durante quatro meses, divididos em duas etapas, levou quatro módulos de capacitação audiovisual a cerca de 300 jovens aprendizes nos municípios de Belém, Marabá e Santarém, passando ainda por Manaus e Cachoeira do Arari.

Senão pelas cidades em si, pelas comunidades atendidas pelo projeto que seja, nossa missão de levar conhecimento aos que tinham vontade de adquiri-lo, mas careciam de oportunidades pra tanto, foi cumprida apesar dos pesares enfrentados no percalço. Adriane Gama, coordenadora do programa Puraqué, desenvolvido na Casa Brasil, em Santarém, parece concordar: “Já tínhamos mil ideias pra desenvolver no campo do audiovisual e agora poderemos passar a praticá-las e levá-las a outras pessoas da comunidade. Esse será nosso maior objetivo agora”.

Foi no Puraqué que encerramos esta primeira temporada, com as oficinas de “Direção” ministradas por Fernando Segtowick pra alunos de 33 a 13 anos, a exemplo do pequeno Alexandre aka Xandão: “Foi uma experiência bem diferente. Na casa Brasil, a gente mexe mais com software livre, computação, aí vocês chegam e ensinam a como ficar por trás das câmeras, como se a gente estivesse fazendo um filme. Foi muito bom porque vocês não só explicavam, mas também procuravam fazer a gente entender”.

Como não podia deixar de ser, Fernando explorou o lado prático do negócio e levou a molecada pra rodar um documentário curta-metragem sobre a praia do Maracanã. Xandão foi um dos primeiros a aprovar a idéia: “Nossa praia está sendo cada vez mais destruída. Tem lixo por toda parte. As pessoas têm que se conscientizar que essa é uma praia muito bonita e tem que ser cuidada”. Conscientização por todos os ângulos.


E em todas as direções. Diretamente da Suécia – ou, melhor dizendo, Belterra –, Monica de Almeida foi a Santarém tão somente pra participar das oficinas e levar de volta pra sua cidade toda a bagagem adquirida. Detalhe curioso, a moça não é marinheira de primeira viagem: “A oficina foi muito importante, estava precisando aprender mais sobre direção. Temos um telecentro em Belterra, onde nos reunimos em grupos de vídeo participativo e produzimos filmes sobre a vida na cidade. Já rodamos uns oito documentários curtas-metragem, sobre as adolescentes grávidas, o êxodo rural entre os jovens, a própria cidade que é histórica. Através do grupo, já participei até de um intercâmbio na Suécia, junto com outros dois colegas. Tem uma turma bem avançada no audiovisual em Belterra”.

Quem sabe, não aportamos por lá em alguns meses? Melhor ficar no suspense, por enquanto. Não queremos estragar o final da surpresa com nenhum spoiler, afinal de contas. O que prometemos, seguros do que estamos falando, é uma segunda temporada com algumas tantas novidades. Em abril, voltamos a tocar no assunto. Até lá, trabalho concluído. Ou quase isso. A ver. Que por ora se dig parabéns a todos os envolvidos.

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